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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fluxo da vereda

Minh’alma percorre caminhos que não são meus.
Cenários nunca dantes vistos.
Opúsculos raramente lidos.
Correntezas poucas vezes mergulhadas.
Posso comer as nuvens, experimentar arco-íris
Abocanhar o céu, tragar o sol.
Piso na grama, não me importo com o aviso.
Há a sensação de sonho sonhado e esquecido
Ou um sonho sendo sonhado por outro sonho
E assim seguindo em progressões aritméticas.
Avisto pedras absortas e mesquinhas
Nas suas vidinhas paradas
Necessitando de uma vidraça
Para entender o que é força, o que é quebra
O que é a magnitude de fazer estilhaços e formar caquinhos.
Emburaco-me em fendas frias e cingidas
Como um beijo gélido da madrugada
Arrastam-me para um fluido com aromas de ervas frescas e matinais
Que refrigeram a espinha dorsal
Com um golpe anestésico de machado gasto.
Rabisco lunetas num imaginário horizontal
Elas me dão visões mágicas e fustigantes.
Posso sentir o solo estelar
Embalar-me na melodia cósmica
Esbaldar-me no leite da Via
Adentrar-me em buracos negros
E estagnar na tua vista deleitosa.


Autoria: Valéria Sabrina

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