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Creio na bondade
Na inércia dos corpos dos amantes
Na pureza que ainda resta em alguns olhares
Na compaixão que ronda atos marcantes.
Creio no beijo suave
No que estala, no que molha
Na sinceridade das línguas que se enroscam
Nas mãos que se marcam em alianças
Ou ainda naquelas que as alianças não estão necessariamente nos dedos,
Mas na entrega.
Creio em pores-do-sol amarelo-alaranjados dourando o céu
Em passarinhos que conversam com lagartixas
Em joaninhas que deslizam pelas folhas
Em orvalhos que aliviam dores
Em carinho que dissolve o fel.
Creio em parques de diversões feitos de nuvens
Em florestas feitas de doces
Em cristais que exalam perfumes
Na humanidade de diversas cores.
Autoria: Valéria Sabrina