Já é tarde, eu sei. Mas não deixarei que durmas sem um beijo meu. Sem aquele afago mítico em teus cabelos, sem passear a mão pela tua barba, e encostar meus cílios aos teus. Dorme como quem dorme um anjo, repousado em nuvens feitas de amor, recoberto de carícias divinais. Como quando se tem o Pai a velar por um filho.
Repousas sereno com a tua cabeça em meu colo caloroso, que abriga todo o ardor de uma mulher e um primor fragoso, regado de mimos e congratulações a ti que és meu porto, amor meu. Tal graça és que descanso a minha embarcação em teu cais. Em teus olhos lânguidos abrigo-me do perigo, isso, quando o próprio perigo não me vem deles. Todavia, me arrisco sem receio, pudor ou fraquejamento.
Insisto. Dorme que já é tarde. Sonhemos nossas almas unidas para sempre.
Autoria: Valéria Sabrina
Repousas sereno com a tua cabeça em meu colo caloroso, que abriga todo o ardor de uma mulher e um primor fragoso, regado de mimos e congratulações a ti que és meu porto, amor meu. Tal graça és que descanso a minha embarcação em teu cais. Em teus olhos lânguidos abrigo-me do perigo, isso, quando o próprio perigo não me vem deles. Todavia, me arrisco sem receio, pudor ou fraquejamento.
Insisto. Dorme que já é tarde. Sonhemos nossas almas unidas para sempre.
Autoria: Valéria Sabrina